quinta-feira, 17 de maio de 2012


                                  
pedra filosofal
                                            



um dos simbolo oficiais da alquimia







A alquimia



A alquimia foi uma atividade prática vivida no século XIII, que teve muita importância na descoberta de novas substâncias e processos químicos, como a extração do mercúrio, as fórmulas para preparar o vidro e o esmalte, bem como noções sobre ácidos e seus derivados.

Além destes avanços, a alquimia representou valiosas contribuições para a medicina, com a conhecida iatroquímica, que se destinava à preparação de drogas para serem utilizadas em doenças. Neste contexto, o nome de Libavius merece destaque pois sua obra foi de grande utilidade para a área médica.

O saber oficial desdenhou a alquimia, por demais vinculada às práticas manuais. Além disso, os trabalhos geralmente eram envolvidos com segredos e os documentos eram de difícil leitura, o que criava uma série de superstições e uma aura mística que prejudicava a avaliação objetiva das descobertas.

A igreja denunciou o caráter herético das práticas alquímicas, finalmente proibidas por uma bula papal em 1317. A Inquisição controlava com freqüentes perseguições os infratores, muitas vezes condenados à fogueira, sob acusação de bruxaria.

Não se pode negar a importância da alquimia no desenvolvimento das técnicas de laboratório, mas suas explicações teóricas eram antropomórficas. As substâncias inorgânicas eram vistas como seres vivos, compostos por corpo e alma. Como se acreditava que as características e propriedades de uma substância eram determinadas por seu espírito, havia a crença na transmutação, ou transferência do espírito de um metal nobre para a matéria de metais comuns. Isto contribuiu para a busca da “pedra filosofal”, com a qual qualquer substância poderia ser transformada em ouro. Houve também a busca pelo “elixir da vida eterna”. Estes mitos continuam presentes até a presente época, em diferentes contextos e são explorados em livros e filmes.

A alquimia representou uma exceção à tradição medieval, pois apesar de suas interpretações ainda serem influenciadas pelo misticismo, introduziu a valorização das práticas manuais e da observação, tão desdenhadas na Idade Média.

O legado da alquimia pode ser notado quando a química adquire contornos de ciência moderna e objetiva. As operações experimentais realizadas pelos alquimistas juntamente com os materiais utilizados foram mantidas não importando mais a forma subjetiva de interpretar os fenômenos.



A ciência:

O conhecimento científico sistematizado é uma conquista recente da humanidade: tem apenas 300 anos e surgiu com a revolução galileana. Isto não significa que não existia um saber rigoroso antes desta data pois já na Grécia Antiga, era desejado separar o mito do saber comum.

Sócrates preocupava-se com a definição dos conceitos para atingir a essência das coisas. Já Platão indicava que o conhecimento do sábio deveria partir da doxa (opinião) até à episteme (ciência). Mas a ciência grega ainda se encontrava vinculada à filosofia, da qual só se separa quando procura seu próprio método, o que vai ocorrer apenas na idade moderna.

A ciência moderna nasce com a determinação de um objeto específico de estudo e de um método para realizar este estudo.

O saber comum difere-se do saber científico pelo seu nível de abstração. O saber científico é mais amplo, permitindo que se chegue a uma generalização de um determinado fenômeno. Os dados obtidos pelo saber científico são passíveis de relacionamento, de forma que a interpretação dos mesmos torna-se mais completa e esclarecedora.

A objetividade é um dos itens que caracterizam a ciência. Assim, as interpretações feitas cientificamente devem ser possíveis de serem verificadas por qualquer outro cientista, em qualquer outro lugar do mundo, livrando-se deste modo, o papel emotivo que pode dar um caráter subjetivo à algum fenômeno.

Para tornar a ciência objetiva e precisa, foi necessária a criação de uma linguagem rigorosa onde são evitadas as ambigüidades e a utilização da matemática começou a aparecer na transformação das qualidades em quantidades. A “matematização” iniciou-se com Galileu ao estabelecer uma relação entre espaço e tempo em sua “lei da queda de corpos”.

A observação e a experimentação começam a ser fundamentos da ciência moderna. O uso de instrumentos e seu aperfeiçoamento mostrou a necessidade da realização de medidas, o que está intimamente ligado à matematização referida acima.

Mesmo com todas estas características que tornam a ciência rigorosa, seu conhecimento não é infalível já que envolve modelos que se aproximam da realidade mas que podem ser abandonados ou melhorados.

A forma de tratar a realidade pela ciência permite a previsibilidade de um determinado fenômeno, aumentando assim um maior poder na transformação da natureza pelo homem. Isto, por sua vez, impulsiona o desenvolvimento tecnológico que pode representar uma ajuda ou obstáculo para o próprio homem. De qualquer modo, não é possível um trabalho científico que procura o “saber pelo saber”, o cientista tem um dever social que não pode ser abdicado, ou estaria sendo um negligente com a própria humanidade.


Referência:
Filosofando”, M. L. Arruda; M. H. Pires, Editora Moderna, São Paulo, 1988, p 134-135


o surgimento dos elementos

apresentaçao

nucleo

os quatro elementos

reaçao impossivel

simbolos da alquimia

criaçao do blogger


pedra filosofal

PROJETO ALQUIMIA

Palavra alquimia vem do arabe que quer dizer ( al-khenny- a quimica).
Alquimia é uma prática antiga que combina elementos da Química, Antropologia, Astrologia, Magia, Filosofia, Metalurgia, Matemática, Misticismo e Religião. Existem quatro objetivos principais na sua prática. Um deles seria a transmutação dos metais inferiores ao ouro, o outro a obtenção do Elixir da Longa Vida, um remédio que curaria todas as coisas e daria vida longa àqueles que o ingerissem.




O significado da Alquimia pode assumir diversas conotações de acordo com o contexto em que é aplicada e da forma como é interpretada. A alquimia pode ser considerada uma modalidade de ciência, talvez a mais antiga da história da humanidade, que originou diversas outras, inclusive a química contemporânea. Porém, não é possível classificá-la apenas como uma ciência. Isto porque, na alquimia, inclui-se diversos elementos místicos, filosóficos e metafóricos; além de uma linguagem simbólica e interpretativa. Assim, podemos classificá-la genericamente como uma antiga tradição que combina química, física, arte e ocultismo.



Dirigiu-se à praça central da cidade, anunciou-se como alquimista e disse quen ensinaria a transformar qualquer tipo de metal em ouro. Algumas pessoas pararam para ouvi-lo e começaram a ridicularizá-lo. O estranho não se abalou, e pediu um pedaço de metal. Alguém lhe entregou uma ferradura; um outro lhe ofereceu um prego. O alquimista, então, pegou as peças, e, ainda diante da risada dos incrédulos, colocou-as numa pequena vasilha. Derramou sobre elas o conteúdo de um frasco que havia retirado da sua sacola. Permaneceu em silêncio durante alguns segundos. E o fenômeno aconteceu: a ferradura e o prego tornaram-se dourados.